Há um mês me percebi paralisada: eu não conseguia me concentrar nas tarefas cotidianas, responder todos os e-mails, fluir com o dia a dia. Dormir era o que eu mais queria. Dormir e ver séries. E as demandas estavam acumulando, pessoas que precisavam de respostas insistindo e, eu de cá, sem saber ao certo o que acontecia comigo. Minha dor pelo mundo estava muito grande e eu estava anestesiada, sem saber lidar com ela.
Dentre as atividades que eu não tinha como não fazer estava o compromisso com o Ciclo de Estudos Masculinidades Ecológicas, que reuniu mulheres e homens por pouco de mais de dois meses. Àquela altura, estávamos a uns dois encontros do final. E foi com esse grupo que percebi que o desânimo que eu sentia estava relacionado – diretamente proporcional – ao desespero e tristeza que pulsavam em mim.
Como seguir com os projetos? Pra quê realizar as ideias?
“2023 é o ano do resto de nossas vidas”, dizem uns.
“É hora de agir”, dizem outros.
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