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O colapso social e climático - tá todo mundo exausto
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O colapso social e climático - tá todo mundo exausto

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Lívia
out 22, 2023
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O colapso social e climático - tá todo mundo exausto
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Recebi um convite para escrever esta coluna em Travessias, revista da Bambual Editora, a qual eu lancei meu livro, e que trata de temas e assuntos tão importantes, dos quais compartilho visão de mundo e apreço.

Definitivamente eu não queria me concentrar nos recordes históricos de temperaturas planetárias que estamos batendo desde maio deste ano. Recordes estes impulsionados pelo El Niño, já previsivelmente forte, que se configura agora no oceano pacífico, o que vem provocando mais chuvas e ciclones tropicais (aumento da temperatura do oceano) no sul do Brasil e também a seca e as faltas de chuvas na região Norte e Nordeste do país, com todas as trágicas consequências para a Amazônia, seus povos e natureza. E tudo isso estamos acompanhando, em tempo real, das telas dos nossos dispositivos móveis.

O que estamos vivendo hoje em tempo real foi bastante anunciado, pelo menos nos últimos 50 anos, mas as pessoas que ergueram suas vozes e travaram lutas contra o desastre anunciado, e calculado, pelos modelos climáticos matemáticos, foram taxados de alarmistas e ecochatos. Eu sou uma dessas pessoas.

Trabalho e vivo as questões ambientais desde 2006, mas sempre fui uma ecochata de estimação de muitos amigos e familiares.

E então chegamos no ponto que eu tanto temia:

Aquele momento em que olhamos ao redor e pensamos, por mais avisadas que estivéssemos, e agora?

Tenho duas questões importantes para tratar aqui a esse respeito:

  1. Ações individuais são extremamente importantes para construir caminhos alternativos e ideias alternativas para a sociedade. Fato! Elas preparam indivíduos para processos mais complexos e podem contribuir com lutas coletivas se dermos passos para além dessa esfera “faça a sua parte”.

  2. Ações individuais são insuficientes para alterar qualquer questão estrutural, e a crise climática nada mais é do que o resultado de problemas socioambientais persistentes, portanto estruturais.

E aí é que mora o pulo do gato, para superarmos problemas socioambientais persistentes precisamos de mudanças profundas, as tais mudanças estruturais. E como é que a gente faz isso?

Todos os dias eu recebo perguntas e desabafos nas minhas redes sociais sobre essa dissonância cognitiva expressa da seguinte maneira: mas se fazer minha parte não adianta, o que eu preciso fazer?

E assim chegamos ao que eu realmente gostaria de escrever nesta coluna - O que nós podemos/devemos/queremos fazer diante da sobreposição de crises que estamos vivendo agora?

Aviso aos caminhantes da

travessias
, dá trabalho, viu?!

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Lívia
Geógrafa, meteorologista e mestranda em Antropologia e Ruptura Climática
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