Em um momento em que o planeta apela por novas formas de habitar e cuidar da vida, a regeneração surge como um convite à transformação profunda — não só de práticas ambientais, mas também de valores, visões de mundo e modos de convivência.
Inspirada pelo livro Design Ecossistêmico, de Coral Michelin, reunimos aqui iniciativas e conteúdos que expressam essa mudança de paradigma na prática, mostrando como é possível florescer em conjunto com o planeta.
Podcast, álbuns, músicas, falas, sons da vida cotidiana
🎧 Vozes do Planeta, com Paulina Chamorro.
Com entrevistas e análises sobre temas socioambientais, o podcast traz à tona vozes que pensam soluções concretas para os desafios climáticos e ecológicos contemporâneos.🎧 Regenera – Por um mundo com futuro.
Focado em práticas regenerativas, agrofloresta, permacultura e comunidades resilientes. Traz diálogos com líderes comunitários e especialistas em ecologia profunda. Um espaço para refletir sobre futuro, cuidado e transição ecológica.🎧 Arquipélago Verde, com Lívia Humaire e Leila Figueiredo
Duas pesquisadoras brasileiras morando em diferentes locais do planeta, discutem notícias e trazem um resumo dos acontecimentos sobre Ecopolítica, Mudanças Climáticas e Sociedade.
Filmes, documentários, vídeos, curtas ou performances
🎥 Série Extrapolations, da Apple TV.
Indicação de » Uma série que entrelaça ficção e urgência climática, um tanto pessimista e distópica, mas pode funcionar como um chacoalhão. Um convite a olhar, com imaginação e inquietude, para as consequências da crise ambiental em escala humana. Um convite a fazer diferente.
Iniciativas socioambientais, projetos, coletivos, exposições, festivais e ações culturais
📍 Instituto de Agroecologia Latino Americano Amazônico (Iala Amazônico)
Fundada em 2008, é um centro de formação voltado à agroecologia e à valorização de saberes ancestrais no contexto amazônico. Forma jovens lideranças comprometidas com a terra e com suas comunidades, no Brasil e na América Latina.
📍Ecocentro IPEC (GO)
Referência em práticas de sustentabilidade, o IPEC une bioconstrução, educação ecológica e modos de vida regenerativos, funcionando como uma ecovila-modelo no Brasil central.
📍@eco.fada (Ellen Monielle)
Indicação de » Ellen Moniella é uma comunicadora ambiental que aborda temas como alimentação, saúde e espiritualidade. Seu mini-documentário sobre sistemas alimentares, explora o impacto das mudanças climáticas nos sistemas alimentares, com foco na agricultura familiar no Rio Grande do Norte.📍Sugi Project
Indicação de » Focado em soluções baseadas na natureza, os projetos da organização propõem formas de regeneração urbana e ecológica aliando ciência, design e sensibilidade ambiental. A estratégia baseia-se no comprovado Método Miyawaki de plantio de florestas ultradensas e biodiversas apenas com espécies nativas. Desde 2019, já criaram mais de 230 pocket forests em 52 cidades de 6 continentes e reconectaram 75 mil jovens e membros das comunidades à Natureza.📍Projeto CURAS
Desde 2009, o projeto realiza pesquisa audiovisual que documenta práticas espirituais, afetivas e comunitárias no Sul de Minas Gerais. O projeto preserva e valoriza modos alternativos de cuidado, em busca da reconstrução de acervos familiares, coletivos e individuais que não estão refletidas nos espaços de memória institucional.Fundada por Iara Vicente, atua na interseção entre inovação tecnológica e justiça socioambiental. Com origem no Acre e formação internacional, Iara criou o método ESG Decolonial, que já apoia dezenas de projetos na América Latina, Caribe e África. A empresa se destaca por integrar saberes tradicionais, blockchain e impacto real em territórios diversos.
Concebida pela artista baiana Rose Afefé, é uma microcidade em adobe idealizada em 2018 na zona rural de Ibicoara, na Chapada Diamantina. O espaço possue oito casas, teatro, biblioteca e espaços de convivência, fomentando vivências artísticas que entrelaçam arte, cultura local e práticas sustentáveis. Além das residências, um projeto de agrofloresta está em processo de implementação.
Personagens, saberes, frases, fragmentos e miudezas que atravessaram o caminho
Durante a escrita dessa coluna, estava realizando um sonho de vivenciar a tradição do Bumba Meu Boi, no São João de São Luís do Maranhão.
Ainda, no início dessa experiência e já encantada pelo Tambor de Criola, Cacuriá e os festejos em torno dos Bois coloridos, vibrantes, reluzentes; cuja diversidade se manifesta através dos sotaques de zabumba, costa de mão, orquestra, matraca e baixada, um pensamento não deixava de me ocorrer:
Como as celebrações populares também podem ser experiências regenerativas. Afinal, trata-se de práticas que sustentam laços coletivos, preservam saberes e mantêm viva a diversidade cultural brasileira.
Na tradição dos cercas de 400 grupos Bumba Meu Boi que celebram São João, Santo Antônio, São Pedro e São Marçal no Maranhão, além de todas as outras tradições afro indígenas encontramos a expressão de regeneração cultural: um cuidado contínuo com a memória, com os corpos em movimento e com o território onde essa cultura floresce.
Recomendo a leitura completa desta reportagem aqui.
“Regenerar é mais do que reparar — é criar as condições para que a vida floresça.”
—Coral Michelin, em Design Ecossistêmico
Entre celebrações e práticas sustentáveis, fica o convite: como podemos, em nossos próprios contextos, abrir espaço para uma vida mais regenerativa?
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Tema da próxima travessia #20: Contemplar os mistérios.
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